sexta-feira, 9 de maio de 2008

Sentimentos em relação à paternidade

Mais cedo ou mais tarde, todo e qualquer novo pai percebe de que o nascimento do filho implica, invariavelmente, grandes alterações na sua vida.
O certo é que a mudança no quotidiano existe, desencadeando um conjunto de sentimentos e emoções perfeitamente legítimos que o pai procura, erradamente e em vão, reprimir.

Sensação de impotência - Não há dúvida que a paternidade é para o homem um momento de felicidade e orgulho. No entanto, apesar disso, este não consegue deixar de se sentir, em algumas situações, um pouco angustiado, ao não ser capaz de satisfazer ou sequer de compreender as necessidades do bebê.

Depressão - Ao contrário do que se pensa, não são somente as mães que ficam deprimidas após o nascimento do filho. Os homens também podem enfrentar um estado de depressão mais ou menos grave, devido não propriamente a uma questão hormonal (como no caso das mães), mas a um despertar ( quase sempre doloroso) para uma nova realidade: noites sem dormir, contas para pagar, trabalho doméstico que dobram, responsabilidades sem fim - o suficiente para deprimir qualquer um.

Medo - Os primeiros meses de paternidade são dominados por uma série de medos. Por exemplo, o novo pai tem medo de não corresponder às expectativas dos outros no exercício do seu novo papel. Pode também recear ser incapaz de proteger e sustentar a família. Estes medos, e muitos outros, fazem parte da transição do estatuto de homem para pai. O homem deve procurar dominar seus medos e aprender a lidar com as diversas situações.

Ciúme - É inegavelmente comum o pai sentir ciúmes da relação estreita que se estabelece entre a mãe e o seu filho. Geralmente, queixa-se que já não lhe presta tanta atenção como antes, relegando-o para um segundo plano a favor do bebê. Nestes casos, recomenda-se que o homem fale o mais abertamente possível com a mulher sobre o assunto, desabafando que precisa de mais apoio e atenção da sua parte, bem como, eventualmente, mais tempo a sós, sem a presença do bebê. Aconselha-se ao homem a procurar superar o medo e ir em frente. Perigoso é não exteriorizar estes sentimentos, fato que pode torná-lo rancoroso em relação à mulher e ao bebê, prejudicando irremediavelmente toda a experiência da paternidade. Além de conversar com a mulher a respeito dos seus receios e dúvidas, aconselha-se o pai a desenvolver atividades que envolvam o bebê e aliviem a mãe como, por exemplo, dar-lhe banho , deitá-lo , brincar com ele e trocar as fraldas . Tudo isto contribui para a criação e consequente fortalecimento dos laços entre pai e filho.
Extraído do portal bebê